O Brasil enfrentava, em 1831, vários problemas políticos. Solução: mais policiamento nas ruas. Quando, a 5 de julho daquele ano, o padre Diogo Antonio Feijó assumiu o Ministério da Justiça, havia de um lado os liberais que clamavam pela República e os restauradores, partidários da volta do Brasil à coroa de Portugal. Nos quartéis, campeavam motins. Diante da situação, o novo ministro resolveu criar a Guarda Municipal Permanente, uma polícia uniformizada e militarizada. Na mesma ocasião, foi também dada autorização às províncias para que criassem corporações semelhantes.
Em São Paulo, o presidente da província, Rafael Tobias de Aguiar, instituiu a Guarda Municipal Permanente em 15 de dezembro de 1831, do que surgiria a atual Polícia Militar. Chamada posteriormente de Corpo Policial Permanente, a nova corporação compunha-se de duas companhias de infantaria e uma seção de cavalaria. Em 1848, um regulamento estende as atividades do Corpo Policial para outras cidades, com a sua presença, em 1864, já em 50 municípios, além da Capital
O Centro de Memória da Força Pública é um blog dedicado à preservação, divulgação e história da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Hinos e Brados: Hino-Marcha da Força Pública
"Para a frente! Paulistas!...Cantando a marchar e marchar cantando:O Hino-Marcha do Sargento B. João Pedroso da Força Pública do Estado de São Paulo"
A tradicional Força Pública do Estado, proveniente da Guarda Municipal Permanente (1831) e do Corpo Policial Permanente, foi assim denominada por lei de 24 de novembro de 1891. A participação da Banda da Força Pública nas datas comemorativas da cidade e do Estado sempre foi relevante.
Laura Della Mônica, que se dedicou à história dessa instituição, assim se refere à participação da banda na Revolução:
"1932: São Paulo, pela sua Força Pública, com o apoio da 2a. Região Militar e de toda a população do Estado, levanta-se contra o Chefe do Governo Provisório. A Banda de Música também engajou-se no movimento. Acompanhava, diariamente, as unidades regulares ou voluntários que partiam para as frentes de combate dos seus aquartelamentos até as estações ferroviárias, cadenciando-lhes

Publicado pela Edição Triângulo (Irmãos Vitale, Cat. 2.015), o "Hymno-Marcha: Para a frente! Paulistas!..." do Sargento B. João Pedroso, da Força Pública do Estado de São Paulo, é, sem dúvida, uma das peças do hinário paulista de maior efeito. Uma de suas principais características é a imitação de tambor que antecede a entrada do canto e que é retomada, por este, no intermédio da peça e no seu final:
"Rataplan, Rataplan, Rataplan, Faz o tambor, Rataplan, Rataplan, Rataplan, Com mais vigor São Paulo!". O compasso 6/8, ao contrário da maioria dos hinos de São Paulo, empresta à peça um caráter por assim dizer amável e convidativo, amenizando o imperativo do texto: "Para frente Paulistas, / valorosos Bandeirantes, / Que dos tempos passados, tem conquistas / E feitos brilhantes / Marchemos, altaneiros, / Sempre a cantar, com fé / Mirando sonhos fagueiros / Cantando a marchar / Para frente avançando / Oh Emulos de heroes, / Sempre cantando, com ardor / Um ponto marcando, / Em Nossa História, / Marchemos contentes, com valor."
A capa, nas cores nacionais, trazendo o retrato do compositor, é ilustrada com uma bandeira de 9 faixas (5 pretas e 4 brancas), em lugar das atuais 13, tendo no retângulo superior esquerdo, branco, não em círculo, mapa irreconhecível ladeado por quatro estrelas. Essa representação da bandeira paulista é de interesse para o estudo do repertório simbólico do Estado, pois denota não estar ainda totalmente fixa nas suas características. Recorde-se que a bandeira de São Paulo, concebida pelo republicano Júlio Ribeiro (1845-1890), foi projetada para ser a bandeira do Brasil. Sendo usada como bandeira escolar em São Paulo, foi "na fase pouco anterior ao Movimento Constitucionalista de 32, durante e após esse período agitado (...) que acabou cristalizando-se como autêntico símbolo da terra e do povo paulista, batizada pelo consenso

domingo, 13 de setembro de 2009
GALERIA HERÓIS: ALBERTO MENDES JÚNIOR

Cabe lembrar que o herói-símbolo desta Instituição é o Capitão PM Alberto Mendes Júnior, que, diante do nefasto, não titubeou em dar a sua vida para proteger a sua tropa. Perfilados diante da dignidade, nós, Policiais Militares do Estado de São Paulo, saímos fortalecidos do episódio e gratos a todos os que, sensivelmente, reconhecem que aqueles que juraram, e cumprem diariamente esse juramento, de doar a própria vida em prol da sociedade que servem, merecem o respeito e o prestígio que se reserva aos heróis.
RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR (1794-1857)

Filho de Antônio Francisco de Aguiar e de Gertrudes Eufrosina Aires, nasceu numa família de fazendeiros, e iniciou seus estudos em São Paulo.
Entrou na vida pública em 1821, representante da comarca de Itu para a escolha dos deputados brasileiros às Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa. Um dos líderes liberais da primeira metade do século XIX, elegeu-se conselheiro do governo provincial em 1827 e deputado provincial e geral em numerosas legislaturas, até ser escolhido presidente da Província de São Paulo por duas vezes, de 17 de novembro de 1831 a 11 de maio de 1835 e de 6 de agosto de 1840 a 15 de julho de 1841. Entre seus amigos figurava outro liberal famoso, o Padre Diogo Antônio Feijó, de quem foi colega de escola.
Em virtude de sua administração, quando aplicou até mesmo seu salário em escolas, obras públicas e de caridade, recebeu o posto de Brigadeiro Honorário do império.
Em 1842, comandou a Revolução Liberal juntamente com o padre Diogo Antônio Feijó para combater a ascensão dos conservadores durante o início do reinado de Dom Pedro II.
Em 17 de maio de 1842, é proclamado pelos rebeldes presidente interino em Sorocaba, que foi declarada capital provisória da Província pelos revolucionários. Foi ele quem se encarregou de reunir a chamada Coluna Libertadora, com 1.500 homens, com a qual tentou invadir São Paulo para depor o presidente da Província, o Barão de Monte Alegre.
Antes da batalha, casou-se com Domitila de Castro Canto e Melo, a marquesa de Santos, ex-amante de Dom Pedro I e com quem já tinha seis filhos.
Foi derrotado pelas forças imperiais e tentou a fuga para o Rio Grande do Sul, para juntar-se ao rebelados da Guerra dos Farrapos, mas foi preso em Palmeira das Missões e levado para a Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. Foi anistiado e saiu da prisão em 1844, retornou a São Paulo, onde foi recebido perto da capital por uma grande massa popular.
Entrou na vida pública em 1821, representante da comarca de Itu para a escolha dos deputados brasileiros às Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa. Um dos líderes liberais da primeira metade do século XIX, elegeu-se conselheiro do governo provincial em 1827 e deputado provincial e geral em numerosas legislaturas, até ser escolhido presidente da Província de São Paulo por duas vezes, de 17 de novembro de 1831 a 11 de maio de 1835 e de 6 de agosto de 1840 a 15 de julho de 1841. Entre seus amigos figurava outro liberal famoso, o Padre Diogo Antônio Feijó, de quem foi colega de escola.
Em virtude de sua administração, quando aplicou até mesmo seu salário em escolas, obras públicas e de caridade, recebeu o posto de Brigadeiro Honorário do império.
Em 1842, comandou a Revolução Liberal juntamente com o padre Diogo Antônio Feijó para combater a ascensão dos conservadores durante o início do reinado de Dom Pedro II.
Em 17 de maio de 1842, é proclamado pelos rebeldes presidente interino em Sorocaba, que foi declarada capital provisória da Província pelos revolucionários. Foi ele quem se encarregou de reunir a chamada Coluna Libertadora, com 1.500 homens, com a qual tentou invadir São Paulo para depor o presidente da Província, o Barão de Monte Alegre.
Antes da batalha, casou-se com Domitila de Castro Canto e Melo, a marquesa de Santos, ex-amante de Dom Pedro I e com quem já tinha seis filhos.
Foi derrotado pelas forças imperiais e tentou a fuga para o Rio Grande do Sul, para juntar-se ao rebelados da Guerra dos Farrapos, mas foi preso em Palmeira das Missões e levado para a Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. Foi anistiado e saiu da prisão em 1844, retornou a São Paulo, onde foi recebido perto da capital por uma grande massa popular.
Atualmente é considerado o patrono da Polícia Militar de São Paulo e seu nome figura no 1º Batalhão de Polícia de Choque - "Tobias de Aguiar", unidade de elite da Polícia Militar do Estado de São Paulo sendo o batalhão mais conhecido pela sua modalidade de patrulhamento tático, a famosa "ROTA" (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
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